terça-feira, 23 de novembro de 2010

Preciso de Alguém ...

Preciso de Alguém Que me olhe nos olhos quando falo. Que ouça as minhas tristezas e neuroses com paciência. E, ainda que não compreenda, respeite os meus sentimentos. Preciso de alguém, que venha brigar ao meu lado sem precisar ser convocado; Alguém Amigo o suficiente para dizer-me as verdades que não quero ouvir, mesmo sabendo que posso odiá-lo por isso. Nesse mundo de céticos, preciso de alguém que creia, nessa coisa misteriosa, desacreditada, quase impossível: - A Amizade. Que teime em ser leal, simples e justo, que não vá embora se algum dia eu perder o meu ouro e não for mais a sensação da festa. Preciso de um Amigo que receba com gratidão o meu auxílio, a minha mão estendida. Mesmo que isto seja muito pouco para suas necessidades. Preciso de um Amigo que também seja companheiro, nas farras e pescarias, nas guerras e alegrias, e que no meio da tempestade, grite em coro comigo: "Nós ainda vamos rir muito disso tudo” e ria muito. Não pude escolher aqueles que me trouxeram ao mundo, mas posso escolher meu Amigo. E nessa busca empenho a minha própria alma, pois com uma Amizade Verdadeira, a vida se torna mais simples, mais rica e mais bela ...

Terremotos


Dizem que passado o terremoto de Lisboa (1755), o Rei perguntou ao General o que se havia de fazer. Ele respondeu ao Rei: "Sepultar os mortos, cuidar dos vivos e fechar os portos". Essa resposta simples, franca e direta tem muito a nos ensinar. Muitas vezes temos em nossa vida "terremotos" avassaladores, como o de Lisboa no século XVIII. A catástrofe é tão grande que muitas vezes perdemos a capacidade de raciocinar de forma simples, objetiva Todos nós estamos sujeitos a "terremotos" na vida. O que fazer? Exatamente o que disse o General: "Sepultar os mortos, cuidar dos vivos e fechar os portos". E o que isso quer dizer para a nossa vida? Sepultar os mortos significa que não adianta ficar reclamando e chorando o passado. É preciso "sepultar" o passado. Colocá-lo debaixo da terra. Isso significa "esquecer" o passado. Cuidar dos vivos significa que, depois de enterrar o passado, em seguida temos que cuidar do presente. Cuidar do que ficou vivo. Cuidar do que sobrou. Cuidar do que realmente existe. Fazer o que tiver que ser feito para salvar o que restou do terremoto. Fechar os portos significa não deixar as "portas" abertas para que novos problemas possam surgir ou "vir de fora" enquanto estamos cuidando dos vivos e salvando o que restou do terremoto de nossa vida. Significa manter o foco no "cuidar dos vivos". Significa concentrar-se na reconstrução, no novo Portanto, quando você enfrentar um terremoto, não se esqueça: enterre os mortos, cuide dos vivos e feche os portos.

Impossível

Impossível atravessar a vida ... Sem que um trabalho saia mal feito, sem que uma amizade cause decepção, sem padecer com alguma doença, sem que um amor nos abandone, sem que ninguém da família morra, sem que a gente se engane em um negócio. Esse é o custo de viver. O importante não é o que acontece, mas, como você reage. Você cresce... Quando não perde a esperança, nem diminui a vontade, nem perde a fé. Quando aceita a realidade e tem orgulho de vivê-la. Quando aceita seu destino, mas tem garra para mudá-lo. Quando aceita o que deixa para trás, construindo o que tem pela frente e planejando o que está por vir. Cresce quando supera, se valoriza e sabe dar frutos. Cresce quando abre caminho, assimila experiências... E semeia raízes…. Cresce quando se impõe metas, Sem se importar com comentários, nem julgamentos quando dá exemplos, sem se importar com o desdém, quando você cumpre com seu trabalho.. Cresce quando é forte de caráter, sustentado por sua formação, sensível por temperamento... E humano por nascimento! Cresce quando enfrenta o inverno mesmo que perca as folhas, colhe flores mesmo que tenham espinhos e marca o caminho mesmo que se levante o pó. Cresce quando é capaz de lidar com residuos de ilusões, É capaz de perfumar-se com flores... E se elevar por amor! Cresce ajudando a seus semelhantes, conhecendo a si mesmo e Dando à vida, mais do que recebe.

Não Apresse...

Não apresse a chuva, Ela tem seu tempo de cair E saciar a sede da terra; Não apresse o pôr-do-sol, Ele tem seu tempo de anunciar O anoitecer até seu último raio; Não apresse a sua alegria, Ela tem seu tempo para aprender Com a sua tristeza; Não apresse seu silêncio, Ele tem seu tempo de paz Após o barulho cessar; Não apresse seu amor, Ele tem seu tempo de semear Mesmo nos solos mais áridos Do seu coração; Não apresse sua raiva, Ela tem seu tempo para Abrir-se nas águas mansas Da sua consciência; Não apresse o outro, Pois ele tem seu tempo Para florescer aos olhos Do criador; Não apresse a si mesmo, Pois precisa de tempo Para sentir a sua própria Evolução.